Sonia Parente com este livro nos oferta o fruto de sua maturidade.Ao longo de seu percurso pessoal e profissional, Sonia tem se debruçado sobre a questão do conhecimento e do processo de aprendizagem. Assimilou os ensinamentos de Sara Paín, de Donald Winnicott com os pés assentados em sua clínica. Pôde fazer-se aprendiz de seus pacientes e ouvir o que eles lhe diziam sobre o processo de ser e de conhecer. Sonia fez-se autora! 
Hoje ela nos assinala aimportância da função da ignorância, tal como ouviu de Sara, pois sou de acolher o não-saber em seu ser e aprender o que a vida lhe apresentou. Este não é só um percurso intelectual, mas um caminhar, deixando-se visitar pelos enigmas do destino humano, de maneira que o saber fez-se corpo. Como ela mesma afirma em seu livro,ao lado de Sara e Winnicott, Sonia rompe com a concepção de pulsão de morte e trabalha a partir da vida para a vida - só assim é possível receber a ignorância fundante: o morrer.
O livro como não podia deixar de ser traz para o leitor a oportunidadede acompanhar a discussão da autora por meio da apresentação de casos clínicos, o que torna a leitura do livro não só agradável, mas profundamente enriquecedora. Ao longo das páginas acompanhamos a sensibilidade da autora com o “Bebê Moranguinho”, a “Menina que não podia ser fração”, ao mesmo tempo em que testemunhamos a maneira como Sonia opera com os conceitos que a inspiram.
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