domingo, 17 de agosto de 2008

O Uraguai - Basílio da Gama.

"Inda conserva o pálido semblante
Um não sei quê de magoado e triste,
Que os corações mais duros enternece,
Tanto era bela no seu rosto a morte!"


O poema narrativo O Uraguai, de Basílio da Gama tem mais força dramática e lírica, que propriamente épica. Quebrando o modelo clássico, constrói versos decassílabos brancos, em cinco cantos que tem como objetivo a crítica aos padres jesuítas e a apologia da política adotada pelo Marquês de Pombal.




Escrito por Basílio da Gama em 1769, O Uraguai é um poema épico que conta de forma romanceada a história da disputa entre jesuítas, índios (liderados por Sepé Tiaraju) e europeus (espanhóis e portugueses) nos Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul.

Rejeitando o belicismo fácil com que os nobres se serviam dos camponeses, Basílio é o homem do fim do século XVIII, cujos valores pré-liberais prenunciam a Revolução Francesa e se manteriam com o idealismo romântico.



Basílio da Gama

José Basílio da Gama (São João del-Rei, 8 de abril de 1740 — Lisboa, 31 de julho de 1795) foi poeta luso-brasileiro do Brasil Colônia, filho de pai português e mãe brasileira.

Ficou órfão e foi para o Rio de Janeiro. Entrou em 1757 para a Companhia de Jesus. Dois anos depois, a ordem foi expulsa do Brasil e o poeta foi para Portugal e depois para Roma, onde foi admitido na Arcádia Romana. De volta a Lisboa, por suspeita de jansenismo, foi condenando ao degredo em Angola; salvou-o um epitalâmio que dedicou à filha do marquês de Pombal, que o indultou e protegeu.


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